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Homens  com diabetes têm mais do que o excesso de açúcar no sangue para se preocupar, se estiverem tentando começar uma família, pois estudos mostraram uma conexão entre a doença e a infertilidade.

“A infertilidade masculina é uma complicação bem conhecida do diabetes, particularmente quando os níveis de açúcar no sangue não são bem controlados”, afirma o especialista em Reprodução Assistida, Luiz Bruno Cavalcanti, diretor da Ciclos Medicina Reprodutiva.

Uma revisão realizada pela Universidade de Coimbra descobriu que a diabetes é uma das principais causas de infertilidade masculina. De acordo com o estudo, o diabetes pode causar infertilidade por meio de:

  • Disfunção testicular;
  • Impotência;
  • Diminuição do potencial de fertilidade;
  • Ejaculação retrógrada;
  • Má qualidade do sêmen.

Disfunção erétil

Embora seja de conhecimento comum entre a comunidade médica que o diabetes causa disfunção erétil, o escopo da questão varia entre os diversos estudos.

Num estudo publicado em 2018, os autores observaram que a magnitude dos pacientes com diabetes com disfunção erétil varia em todo o mundo de 20% a 90%.

Os autores testaram 422 pacientes diabéticos e descobriram que 85% apresentavam disfunção erétil. Embora a idade também fosse um fator importante, eles determinaram que a triagem deveria ser considerada.

Portanto, a triagem para disfunção erétil em pacientes diabéticos, particularmente para aqueles em idade avançada e vivendo com o diagnóstico da doença há mais de 10 anos, é necessária para sua detecção precoce, prevenção e tratamento.

A baixa testosterona  também é comum em pacientes com diabetes, juntamente com outros fatores.

O diabetes não controlado pode causar neuropatia autonômica e diminuição da circulação peniana, o que pode levar à disfunção erétil e contribuir para a infertilidade.

“Na verdade, é o diabetes não controlado que pode aumentar a infertilidade masculina. Esse geralmente é um fator de dano vascular e nervoso. A ejaculação retrógrada é outro resultado potencial de dano nervoso e pode ser difícil de tratar”, destaca o diretor da Ciclos Medicina Reprodutiva.

A ejaculação retrógrada, causada por neuropatia autonômica,  também é uma causa de infertilidade masculina em pacientes diabéticos. “Nessa condição, os músculos do colo vesical foram danificados e não podem se contrair forçando a ejaculação. Em vez disso, esses músculos permanecem abertos e a ejaculação reflui para a bexiga”, explica Luiz Bruno Cavalcanti.

De acordo com um estudo australiano,  cerca de 34% dos homens diabéticos de 35 a 55 anos experimentam ejaculação retrógrada. Embora seja tipicamente um sintoma que aparece tardiamente no diabetes, o estudo envolveu um paciente de 19 anos no qual a ejaculação retrógrada era o sintoma de apresentação do diabetes.

“Homens com esse problema podem tentar tomar medicações que aumentem o tônus do colo vesical com o objetivo de restaurar a ejaculação anterógrada. No entanto, as taxas de sucesso são abaixo do ideal e algumas dessas medicações causam efeitos adversos. Normalmente, esses casos exigirão uma inseminação intrauterina (IIU), usando o sêmen que foi ejaculado na bexiga”, explica o especialista em Reprodução Assistida.

Qualidade dos espermatozoides

Mesmo que os pacientes diabéticos consigam manter a ereção e ejacular, a qualidade do sêmen também pode prejudicar a fertilidade.

Reduções significativas no volume seminal, na concentração de espermatozoides e da contagem total de espermatozoides foram observadas em indivíduos diabéticos, enquanto a microscopia eletrônica de transmissão revelou que a estrutura da mitocôndria na cauda do esperma de pacientes diabéticos foi danificada, apontou um estudo chinês. Os autores encontraram mais de 300 diferenças de proteína no sêmen diabético versus o sêmen saudável.

Obesidade e controle do diabetes

Embora muitos problemas de fertilidade não tenham cura, o paciente deve ser encaminhado ao especialista em Reprodução Assistida porque muitos problemas podem ser evitados ou retardados pelo controle do diabetes.

Tratar o diabetes evitará que ocorram mais danos ao organismo e pode impedir que problemas como a disfunção erétil se desenvolva. No entanto, provavelmente não reverterá o mal já instalado.

“A boa notícia para os pacientes com diabetes que estão lutando contra a infertilidade é que as técnicas de reprodução assistida, como a inseminação intrauterina (IIU) ou a fertilização in vitro (FIV), são muito eficazes e podem ajudá-los, se corretamente indicadas”, afirma o diretor da Ciclos Medicina Reprodutiva.

O controle da obesidade também pode ajudar a reduzir alguns dos outros problemas que podem causar infertilidade masculina.

Sabemos que a obesidade está associada à infertilidade, portanto, perder o excesso de peso corporal como parte do controle do diabetes pode ter um impacto positivo na infertilidade.

“A disfunção erétil também está associada a níveis elevados de colesterol, pressão arterial e glicose no sangue, portanto, controlar esses  fatores  ajuda a diminuir a disfunção erétil como um fator de infertilidade”, diz Luiz Bruno Cavalcanti.

 aumento da idade paterna reduz as chances de nascimentos bem-sucedidos ou nascidos  vivos, após os tratamentos que empregam as  tecnologias de reprodução assistida (ART), aponta um estudo retrospectivo. 

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