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O congelamento de óvulos vem crescendo e durante a pandemia de Covid-19 aumentou expressivamente no mundo todo. Hoje, o procedimento figura até como benefício corporativo. Quase 20% das empresas, nos EUA, com mais de 20.000 funcionários oferecem cobertura para congelamento de óvulos, acima dos 6%, que eram oferecidos, em 2015, de acordo com uma pesquisa nacional da Mercer, empresa de consultoria de benefícios corporativos.

Embora a tecnologia para congelar óvulos exista desde a década de 80, preservar um óvulo não fertilizado era um desafio que a maioria dos cientistas não conseguia resolver… Mas no final da década de 90, os pesquisadores encontraram uma maneira de congelar e descongelar um óvulo sem danificá-lo, por meio da vitrificação.

No início dos anos 2000, os especialistas em Reprodução Humana Assistida, nos Estados Unidos, realizaram ensaios clínicos para replicar o método. Em 2012, havia fortes evidências de que o procedimento levava a taxas de fertilização e gravidez semelhantes às da fertilização in vitro, convencendo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva a parar de considerá-lo um “procedimento experimental”.

Mas mesmo que o congelamento de óvulos tenha se tornado mais popular na última década, o processo ainda levanta muitas dúvidas. Reunimos aqui algumas delas. Confira:

  • Corro algum risco ao congelar meus óvulos?

O congelamento de óvulos é considerado de baixo risco, mas como todos os procedimentos, os riscos existem. Pacientes com uma maior reserva ovariana podem evoluir com o aumento exacerbado da produção de hormônios pelos ovários, levando ao desenvolvimento da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHO), com consequências como alterações metabólicas ou problemas mais graves, como a Trombose Venosa Profunda (TVP). “Em casos muito raros, um processo infeccioso ou sangramento abdominal pode ocorrer após a punção folicular. Se houver a manifestação de sintomas como sangramento intenso, dor abdominal severa, dificuldades para urinar, ganho de peso repentino, febre alta e calafrios, é importante voltar ao médico”, orienta a especialista em Reprodução Humana, Ana Elisabete Dutra, diretora da Ciclos Medicina Reprodutiva. 

  • Por quanto tempo os óvulos podem ser congelados?

Tanto os gametas (óvulos e espermatozoides) quanto os embriões podem ser congelados por tempo indeterminado, sem afetar sua qualidade, até que a mulher ou o casal encontre o momento ideal para formar uma família.

  • Se eu não utilizar os meus óvulos congelados, o que acontece com eles?

Se a vida e os seus planos mudarem, temos duas opções:

  • Descartar: já que é uma célula, o óvulo, assim como um espermatozoide pode ser desprezado;
  • Doar: para mulheres ou casais que não conseguem engravidar com óvulos próprios. A doação só pode ser feita por mulheres de até 35 anos de idade, à época do congelamento. 
  • Existe um limite de idade para congelar os óvulos?

Não há limite nem idade ideal, mas quanto antes, melhor. Estudos mostram que se o congelamento é feito até os 38 anos, os resultados são melhores. “Se você tem mais que 30 anos e não pensa em ter filhos nos próximos anos, converse com o especialista em reprodução humana. Pergunte se vale a pena avaliar sua reserva ovariana”, recomenda a diretora da Ciclos Medicina Reprodutiva.

  • Moro no exterior. Quantos dias preciso ficar no Brasil para congelar os óvulos?

Isso dependerá de como o seu organismo reagirá ao estímulo ovariano. Geralmente, a punção ovariana para congelamento dos óvulos ocorre depois de 12 a 14 dias de tratamento medicamentoso. Com isso em mente, é possível incluir o tempo de deslocamento e calcular a sua estadia com mais precisão. Lembrando também que a telemedicina pode facilitar o primeiro contato com o especialista em Reprodução Humana Assistida.

  • É melhor congelar óvulos ou embriões?

O congelamento de óvulos é mais interessante para mulheres que não têm parceiro e desejam postergar a gestação, aumentando a chance de engravidar no futuro, seja com um futuro parceiro ou optando pela maternidade solo. Já o congelamento de embriões é indicado para  mulheres em relacionamento estável que precisam adiar a gestação por alguma razão. “Uma questão que não deve ser ignorada no congelamento de embriões é que eles pertencem ao casal e, havendo separação no futuro, ou falecimento de um dos cônjuges, será necessário consentimento por escrito e formal para uso do material genético”, orienta a médica.

  • Se eu tiver óvulos congelados, posso adiar  até quando o início de uma família?

Os óvulos congelados não são garantia  de um  bebê no futuro. Orientamos sempre que a mulher que deseja ser mãe deve começar a tentar conceber assim que ela se sentir “pronta”. Pois, além de pensar nas taxas de sucesso do uso de óvulos congelados, a mulher também deve entender os potenciais riscos médicos obstétricos e as preocupações psicossociais de uma maternidade tardia.

  • O que acontece depois do congelamento dos óvulos?

Seus óvulos serão armazenados pelo tempo que você quiser. “O meu desejo é que você os congele e consiga engravidar naturalmente. Mas, se você tiver problemas no futuro, terá seus óvulos congelados para um possível tratamento. E a boa notícia é que eles terão a mesma idade que você tinha quando os congelou. No futuro, se você precisar deles, poderá usá-los para uma fertilização in vitro”, afirma a especialista em Reprodução Humana, Ana Elisabete Dutra.

  • O congelamento de óvulos é diferente da fertilização in vitro (FIV)? 

As fases de estimulação ovariana e aspiração folicular são as mesmas para o congelamento de óvulos e FIV. A diferença acontece após a aspiração e obtenção dos óvulos. Enquanto no primeiro caso, congelamento, esses óvulos são vitrificados poucas horas após a coleta (técnica de congelamento rápido) e o processo termina, na FIV, ele continua. Os óvulos são fertilizados em laboratório pelos espermatozoides, embriões são formados e evoluem em incubadora por até 5 a 6 dias para a transferência imediata ou para congelamento e uso posterior. “No congelamento de óvulos, você termina o processo após a captação do óvulo, não há a formação de um embrião nesse momento porque o objetivo é simplesmente preservar seus óvulos não fertilizados para o futuro. A etapa da fertilização in vitro vai acontecer no futuro, quando você quiser engravidar”, afirma Ana Elisabete Dutra. 

  • É possível que eu precise de mais de um ciclo de congelamento de óvulos para preservar a minha fertilidade? 

Isso pode acontecer. “Tudo depende da sua reserva ovariana e do quanto de chances de ter bebê no futuro você quer atingir. Em geral, se você é mais jovem, sua reserva ovariana vai estar mais preservada do ponto de vista quantitativo e qualitativo, ou seja, em uma primeira coleta você pode conseguir um bom número de óvulos que, por sua vez, são de boa qualidade por causa da sua idade, e é possível que em uma coleta você se sinta confortável com o número de óvulos final”, explica a médica. Na maioria das vezes, mulheres mais jovens, com menos de 35 anos, atingirão o objetivo de congelamento de óvulos em apenas uma tentativa, enquanto mulheres acima dessa idade provavelmente precisarão realizar mais de um ciclo de congelamento de óvulos para atingir seu objetivo.

 

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