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Pacientes submetidos à inseminação intrauterina (IIU) para tratamento de fertilidade podem ter certeza de que o uso de sêmen congelado em vez de fresco não está associado a resultados inferiores.

O maior estudo já realizado sobre o tema não encontrou diferenças nas taxas de gravidez entre ciclos utilizando amostras de sêmen criopreservadas ou frescas. Os resultados do estudo basearam-se numa análise de 5335 ciclos de inseminação intrauterina realizados entre 2004 e 2021.

A criopreservação tornou-se o método preferido de armazenamento de sêmen no mundo chegando até mesmo em alguns locais a ser um requisito regulamentar para amostras de doadores.

No entanto, apesar da utilização generalizada, existiam preocupações entre os pacientes a respeito da  criopreservação. E a principal delas era se o procedimento pode  reduzir a viabilidade dos espermatozoides congelados/descongelados, afetando a sua motilidade, estrutura e o seu DNA.

O estudo analisou uma série de resultados após tratamentos de IIU com sêmen fresco e congelado, que incluíram teste de gravidez positivo (hCG), gravidez clínica e taxa de aborto espontâneo. O estudo também controlou o tipo de estimulação ovariana dada ou não às mulheres antes do tratamento com IIU.

“Os resultados após ajustes para variáveis ​​de confusão encontraram taxas de gravidez clínica semelhantes entre aqueles que utilizaram amostras frescas e congeladas – embora tenham sido observadas algumas pequenas diferenças num subgrupo de pacientes que receberam estimulação ovariana pré-tratamento com medicamentos orais (citrato de clomifeno ou letrozol)”, afirma o especialista em Reprodução Assistida, Luiz Bruno Cavalcanti, diretor da Ciclos Medicina Reprodutiva.

Contudo, quando a análise se limitou a um primeiro ciclo de tratamento, estas diferenças deixaram de ser evidentes. A única diferença duradoura foi que o tempo até a gravidez foi ligeiramente mais longo no grupo de sêmen congelado do que no grupo de sêmen fresco.

Quando o material congelado é essencial

Embora subgrupos específicos possam se beneficiar da utilização de sêmen fresco e o tempo até a gravidez possa ser mais curto com o emprego de sêmen fresco, as pacientes devem ser aconselhadas sobre a não inferioridade do material congelado.

Não foi observado nenhum efeito prejudicial da criopreservação de sêmen nos resultados da inseminação intrauterina.

“Os resultados do estudo, na verdade, são especialmente animadores para casais homoafetivos femininos e para mães solo, pacientes para os quais a IIU com uma amostra criopreservada pode representar a única oportunidade de concepção”, observa Luiz Bruno Cavalcanti.

A maioria das amostras de sêmen criopreservadas neste estudo veio de um doador anônimo, o que reflete a prática cotidiana da maioria dos centros de fertilidade.

Apesar da necessidade da criopreservação de sêmen para certos processos regulatórios e processuais – bem como do fato de que os doadores são geralmente indivíduos jovens, saudáveis ​​e muitas vezes férteis com excelentes parâmetros seminais – os pacientes muitas vezes expressavam preocupação com a duração do congelamento ou com o fato de a amostra representar apenas uma porção da ejaculação.

“Os resultados deste estudo afastam essas preocupações”, finaliza o médico.

Ciclart Medicina Reprodutiva
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